Representantes de empresas expõem suas experiências em Gestão de Crise

No segundo painel desta sexta-feira, mediado pelo diretor regional do Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial - IBDEE, José Guimarães, em pauta o Compliance como Ferramenta de Gestão de Crise - tema delicado, que foi abordado por representantes de empresas que estiveram no "olho do furacão".

Christian de Lamboy, gerente executivo GRC da Volkswagen do Brasil e representante do Instituto ARC, apresentou um vídeo corporativo da empresa automobilística, explicando as ações de Compliance e evidenciando o momento de transformação vivido no Brasil.

"Estamos vivendo uma decolagem no país, após anos de turbulência: a vontade de virar o jogo e mudar a cultura"
Christian de Lamboy

O momento mais polêmico do painel foi protagonizado pela chefe Compliance Officer da Odebrecht S.A., Olga Pontes, que abriu sua apresentação com um vídeo institucional reportando as transformações da empresa, que desde março de 2016 passou a colaborar com as autoridades brasileiras e passa por monitoramento em conjunto realizado pelo governo brasileiro e americano.

Compromisso com o Brasil - A executiva revelou como foi a administração de crise da Odebrecht, que passou por acordos de leniência e de cooperação, pedido público de desculpas e uma nova política de governança, ações divulgadas ao público pelo site nossocompromisso.com

Olga Pontes afirmou que a empresa enfrentou momento difícil - amplamente divulgado pela mídia -, mas de muito aprendizado diário e avanços, utilizando os arcabouços legais para prestar contas com o passado e reconstruir o futuro.

"A crise faz a gente evoluir e implementar processos novos, com mais celeridade e eficácia"
Olga Pontes

Reynaldo Makoto Goto, engenheiro mecatrônico e Head de Compliance da Siemens no Brasil, elogiou a diversidade de painéis e de público no evento. Ele relatou a crise pela qual a Siemens passou, enfrentando investigações internas e acordos, afirmando que o mais difícil para uma empresa é conseguir sobreviver às crises. E a Siemens conseguiu o feito.

"Quando a empresa assina um acordo, tem sanções subsequentes, que incluem comprometimento com novas ações"
Reynaldo Makoto Goto

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