Debate esquenta com o tema "Ética, integridade e boas praticas de governança como base para o Compliance"

Mediado pela advogada Juliana Oliveira, o primeiro painel gerou posicionamentos diversos de cada debatedor sobre o mesmo tema. A professora PhD Victoria Hurth, integrante da ISO - International Organization for Standardization, explicou o que é uma boa governança, revelando que o mundo todo está entrando nesse processo. Reportou que há seis meses, cerca de 93 experts de 24 países estão aderindo ao processo de ampliação dos padrões de gerenciamento, incluindo compliance. Enfatizou que todos esses escândalos que surgiram recentemente geram uma forte cultura anti-corrupção.

Nesse painel inaugural, a mediadora questionou o fato de muitas organizações considerarem que basta ter um código de conduta. Mercedes Stinco, coordenadora do GT Compliance do IBGT, pontuou que o código de conduta sozinho não alcança o patamar esperado. " É o documento principal que pesa sobre os comportamentos, mas é no dia-a-dia que vamos ver esse código acontecer", explicou.

O engenheiro Reinaldo Santos entrou no debate alertando que o código de conduta não pode engessar uma organização. Ele afirmou: "Há que se entender os valores da organização, refletidos no compliance, que gera a integridade".

A gerente da Rede Brasil - Alliance for Integrity, Amanda Cerqueira da Rocha, destacou que o compliance gera uma confiabilidade entre os parceiros, Entretanto, se o compliance está engessado, com certeza o processo não está transparente.

Questionado sobre o compliance nas empresas estatais, o promotor de Justiça do Espírito Santo, Dr. Marcelo Zenkner, opinou que a pratica demonstra que quanto mais for regulado o mercado, mais ele estará contaminado. Concluiu que o ideal é trabalhar no sentido de diminuir ao máximo os dispositivos do nosso código de conduta.

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